A paixão partiu leve deixou o voo livre para se povoar silêncios de cristais há silencio no teu olhar magia se calhar e um suave encanto inebria mas tambèm há mistérios um espanto que me faz parar
Quero ser eu simplesmente sem tal passado nos ombros e tais futuros na frente que o meu claro olhar vidente se ofusque de febre e assombro queixas de longe da història tràgico maritimo ainda choram na memòria e me absidiam da inglòria lamentações que não findam ... a luz na sombra serei sempre o som seràs sempre a cor junto a tal flor
Foi por ti que criei as rosas foi por ti que lhe dei o perfume por ti rasquei ribeiros e dei as romãs a cor do lume Foi por ti que dei e pus no céu a lua e o mais verde nos pinhais Foi por ti que deitei no chão um corpo aberto como animais sò as tuas mãos trazem os frutos sò elas despem a màgoa destes olhos choupos carregados de sombras e rosas de água sò elas são estrelas nos meus dedos ò mão da minha alma flores abertas aos meus segredos
O amor desta tarde que arrefeceu as mãos e os olhos que te dei amor exacto vivo desenhando o fogo que eu próprio me queimei amor quer destrói a fria arquitectura desta tarde ...
Na tua voz e no teu sorriso encontrei tudo o que me faltava em ti sem saber para além de ti nada mais belo irei encontrar para além do teu adorado coração precioso que bate dentro de ti
Ès o caminho que me leva ao paraíso invulgar e a raridade do ciclo que comanda as espécies em vias de extinção ès a mais bela das mulheres que algum dia conheci na minha vida e não precisei de sair deste lugar para perceber isso
Ensinas - me que a sensação de vertigem è enriquecedora e que podemos retirar daquela paisagem se tivermos coragem de dar mais um passo eu mesmo sem coragem dei os passos todos por vezes lentos e fatigados que me levaram atè o único precipício que de tão raro
Encontro o amor nos teus braços e se algum dia tiveres que me soltar que o meu coração pare de bater que o sangue pare de circular nas minhas veias que os meus ossos sejam ruídos e que o meu pò se transforme numa semente para que a terra brote numa linda árvore com o cheiro que carrego da tua pele nas minhas entranhas
Com a dimensão do teu interior acorrentaste o meu coração ao teu mesmo cego mesmo mudo reconhe - ceu -te forasteiro que sou ordenei que te soltasse mas era como pedir que ele parasse de bater e ele para sempre que não te vê
Pedras do caminho quis Deus que em meu caminho encontrasse pedras que foram luz lidei com elas dia a dia e pouco a pouco sentia que eram a minha cruz gastei dias a examinar as vezes cheguei a pensar que se elas falassem eu iria compreender se sou eu que lhes dou vida ou se com elas estou a renascer
Vaguear por ai sozinho com sede da brisa suave do canto furtivo da ave e do luar no firmamento sozinho vagueei por ai no meio da paisagem com sede de ser eu num momento e deixei no caminho uma miragem em forma de pensamento para me encontrar onde me perdi
Meu amor o que tu ès sou eu olha bem para mim tenho mãos pès olhos fundos beiços rubros e um sexo aberto O meu destino è o teu terra terra somos terra terra vermelha branca e negra terra farta de campos monte vagueei por ai sozinho e dei comigo a noitinha com sede da água da fonte e do pôr do sol com saudades do monte do ar em nostalgia na magia do entardecer
Meu amor levo meio tostão nos bolsos e a aventura nos olhos e esta raiva miúda medonha a conchegar - me nos lábios vou e perguntam - me a graça mas calo o que sou e o que sonha em mim eu as engradeei de pássaros e flores de maio de sexo viris e luminosos olhos flori
Venho de trás há que tempo não me lembro de onde parti levo a aventura nos olhos nos olhos a madrugada do país em que nasci e a do país que te viu nascer meu amor não temo as noites nem as ciladas sou feio de - bocado mas tenho as estradas para me libertar que o meu nome è vulgar como a minha boca meu amor eu sei ao que venho e a minha alma està pura e rebenta - me em flores por todas as fendas que tenho
O meu nome è vulgar tenho os pès chatos eu abro o meu sexo para semear me meu amor eu sei os caminhos conheço os desvios levo meio tostão nos bolsos e a aventura nos olhos e esta raiva miúda dentro de mim medonha a aconchegar - me nos meus lábios
Seria Deus a bater -me em clemência seria o amor a romper o seriam os teus passos sem clemencia não sei seria eu a alma de um vampiro solitário a busca do teu amor . ... ironia para quem ama no silêncio sem busca
Quem será que me chama do fundo da noite ? meu amor vou em busca do que nos falta olho os caminhos e assento os pès e jogo gracejos a ti por amor atiro - te beijos e ponho um sorriso na boca eu vou em busca do último caminho e da madrugada e o sol vem comigo e há o teu florires tu a fluíres as gândoras mai - las estradas
a Ana Pereira Nunca me senti tão jovem como agora e nunca o meu corpo teve tão leve aquilo a que o tempo chama de idade desengana- se quem pensa o contrário è sò um comando que è desligado quando na vida encontramos alguém que nos ensina o significado da palavra AMOR e eu encontrei - te
Encontro - me perdido de amor e traição entre o sol e a solidão faço desenhos no chão do teu rosto e deixo o tempo passar alivio a respiração que me dà abrigo sò para me acalmar como frutos sem sabor da árvore da vida e sustento a minha dor deste beco sem saída
Há certas horas em que precisamos de um amor não precisamos da paixão desmedida não queremos beijos na boca e nem corpos a se encontrado na maciez da há certas horas que sò queremos mão no ombro abraço apertado ou mesmo o outro ali quieto ao lado sem nada a dizer
Se a musica è o alimento do amor não parem de tocar dêem - me musica em excesso tanta que depois de saciar mate de musica e de apetite Enquanto houver um louco um poeta e um amante haverá sonho amor e fantasia haverà esperança
MULHER o teu nome è POESIA com o teu encanto me revelas Ès uma Deusa a mais BELA O teu sorriso è o meu feitiço o teu olhar enigmático Quando passas è sò suspiro o teu andar è uma melodia tem a graça de uma aurora e omistèrio da criação
Os teus segredos bem guardados não se revelam nem por paixão se tu não existisses a vida não teria amor O arco - íris seria a cinza e as rosas não teriam perfume nem cor
Há quem diga que todas as noites são de sonhos mas há quem garante que nem todas sò as de verão no fundo isto não tem muita importância o que interessa mesmo não a noite em si são os sonhos sonhos que o homem sonha sempre em todos os lugares em todas as épocas do ano dormindo ou acordado
O AMOR è um marco eterno dominante que encerra a tempestade com bravura È o marco que norteia a vela errante cujo valor se ignora là nas alturas O AMOR não teme o tempo muito embora se falange não poupa a mocidade O AMOR não se transforma de hora a hora ante se afirma para a eternidadejh
Era uma noite de tempestade maravilhosa noite que sò è possível viver quando se è jovem ! a poesia saiu a rua vinda de ti apesar da tempestade pairou nas ruas chuvosas e ventosas o corpo todo encharcado quente e frio voando percorrendo mesa a mesa pensando em ti por amor meu è por amor e por nòs que eu escrevo e transpareço a alma livremente sem falsas pretensões tu è que escreves em mim palavras no meu coração que soletra letra a letra em silêncio mesmo na tua ausência consigo senti - las e sinto o amor esculpido por ti dentro do meu coração
Mergulhas de uma estrela cadente para o espelho inocente do rio e pelo reflexo da lua nas águas vais a linha do infinito e vens corpo navegável sò num folgo
Arrancar -te ao ar como uma ave desintegrar - te na terra árvore Crescer da pedra húmida uma ave ou como uma flor e flecha de fogo jogar ao sol nua e em voo ultrapassas o desejo como uma flor de uma sereia
QUERO ser a luz do sol que na alvorada acende Quero ser a brisa e o perfume a centelha breve que permanece em lume Quero que o meu coração suba ao céu e do azul ter a sua beleza ser o dia ser eu em harmonia contigo minha esbelta princesa eu te amo meu amor ...beijos !
Por mar além chão que treme o dim dom da corda freme da espada angùstia incerteza mas reluz no olhar do triste não sei que alto apelo em reste contra essa fraqueza humana ... Que terra è esta este mar que sò acaba nos céus ou nem là tem o seu fim ? ou hei - de eu acabar ou ha - de querendo Deus ele acabar em mim !
Quem canta com voz tão benta que è dos anjos no céu ou è o demónio a tentar - me '? se è demónio não me atenta que a minha alma è sò de Deus o corpo dou - o ao mar !
Ès a flor sou o arque aurito do amor beijas alua transcendes o sol voas com asas de condor iluminas as estrelas abraças o cèu luzes no luar navegas em águas límpidas transbordas os oceanos refrigeras a minha alma com o teu sorriso trazes o céu a lua e a tera ès o oceano calmo e sereno o principio e o fim
Dorme que a vida è nada dorme que a vida è nada dorme que tudo è vão Se alguém achou a estrada achou a confusão com a alma enganada Não há lugar nem dia para quem quer achar nem paz nem alegria para quem amar em quem ama confia
Inverno na alma tenho a alma desalinhada sem ti estou aqui apenas vestido como pássaro no ninho dos beirais da pròpia vida là fora o vento a chuva o alto mar e a tempestade em espaços da cidade onde se desfruta manjares em que o ser sente o seu amor tragando saboreando gota a gota a ternura do momento a fonte a água da vida reencontrada na poesia sem tempestade apenas respirando o amor enchendo o coração de ternura do desejo tudo isso pensando em ti meu amor amo - te ... beijos !
Com a imensidão do teu interior acorrentaste o meu coração ao teu mesmo cego te reconheceu forasteiro que sou ordenei que te soltasse mas era como pedir que ele parasse de bater ele para sempre que não te vê ele dói se estás triste ele mrre se adoeces
A mão no ombro como se tu iluminasses ainda cada degrau cada palavra e a noite não fosse a única estranhamente branca eu subia sem conhecer o teu ombro por amor a ti !
No fundo profundo do mar na noite de longas riscas como um cavalo atravessa a correr o teu calado nome dà - me o teu ombro ai abriga - me no teu espelho de repente sobre folhas solitárias nocturnas brotando do escuro de trás de mim flor doce completa acode - me com a tua boca violenta de separações determinada e fina boca pois digo - te no mais longe dos longos caminhos de um esquecimento a outro que moram comigo os carris o grito da chuva o que a escura noite preserva Beijos meu amor cheios de ternura amo - te !
Para ti minha amada Há frutos já despidos na base prontos a serem amados trago a trago lapidam de amor a nossa fonte em bruto devolvem diamantes a pedra dentro sabem que vão podando a nossa frente a amizade como uma arte por instinto e há ainda uma ternura por enquanto
Os teus olhos inundam - me a visão de cores e amor o brilho de criança no teu olhar e eu renasço para o mundo quanto te abraço e tu pousas a tua cabeça no meu peito sinto - me leve capaz de flutuar nos teus ombros no cheiro doce do teu corpo como se tivessem criado a mais pura flor na tua pele cada pétala a derramar o pólen que mais ninguém possui e a tua voz è tudo para mim
Beijas o luar na imensidão azul do luar e uma estrela dentro do meu coração encontrarás o meu amor intacto por ti amo - te minha esbelta Princesa meu universo meu ser minha essência minha vida !
Mil Palavras a doerem quisera eu escrever - te e não sei Eu quisera falar - te e nada digo sò no silêncio encontrei um lugar para estar contigo dentro de mim a sofrer a alma grita comigo chora neste meu amor por ti ...
Escuro Negrume Mar Grande Hotel da Bhoèmia na neve ò virgem negra por que tens essa virgem escura na fachada de madeira de Ébano procedente das cruzadas a minha dor è nada comparada com a tua virgem negra algures na Europa extravagante combinação entre o cubismo o Grande Hotel a Bhoèmia onde me retiro para dormir num sono profundo que me retira a dor
Quero - te Não te quero senão porque te quero e querer - te a não querer - te chego e de esperar - te quando não te espero passa o meu coração do frio ao fogo Quero - te apenas porque a ti eu quero a ti odeio sem fim e odiando -te suplico e a medida do meu amor viajante è não ver - te e amar - te como um cego Consumirás talvez a luz de Janeiro o seu raio cruel o meu coração inteiro roubando - me a chave do sossego Nesta história apenas eu morro e morrerei de amor porque te quero amor a sangue e fogo dedicado por mim a Ana Pereira este bèlissimo poema de Pablo Neruda Não te Quero Senão Porque Te Quero