Libertação de Paris ( na morte de Heri Cartier - Bresson )

soou um trompete no coração
no coração , ouviu - se um tiro
sem disparo , luz e sombra
estavam no sitio certo
o povo anónimo pegou pelas
pontes e pelos cornos os traidores
a sua cidade , comeu o que lhe
restava das vísceras , contra um
invasor desesperado um sò homem
soltou o diafragma no momento exacto
uma lente estimada um zoom na consciência

atè a pedra ardeu  em certas praças
mulheres e crianças ficaram estáticas
estátuas de guerras mais velhas sorriram
úteis , conquistou - se a liberdade e a honra
imortalizada numa fotografia a preto e branco
e reveladas pelas lágrimas , vida e arte deram as mãos
novas cerraram atè as últimas forças , dormiram juntas
ainda hoje as fontes jorram sangue e sémen e as vezes
 a plebe sorve - as



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