IMPROVISO NA MORTE DO SEMEADOR

Carregava em teus ombros
um navio de relâmpagos , em
teu coração a pedra e a voz das
cidades insubmissas .

Levavas em teu rastro uma aurora
de espigas , em teus lábios as palavras
que não temem fogo , frio ou morte .

Submerso no ódio e no terror , chegavas

em cada noite e feroz , reconstruias
uma vez mais a esperança .

A terra semeavas e por  ama - la
tanto ( transforma - se amador na coisa amada )

Ès agora , minha amada , a semeadora , a própria
semente oculta e violeta



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